sexta-feira, 21 de março de 2008

Gente ando meio sumida não é? É que a correria de trabalho anda muito grande. A semana passada viajei para Palmas, fui representar a FUNAI na Universidade Federal do Tocantins, no lançamento das Cartilhas Pedagógicas dos índios Apinajé, de autoria do Professor-Doutor em Lingüística – Francisco Edvirges. Resultado de um trabalho feito com a alma, para apoio pedagógico á educação indígena Apinajé. Eu acompanho este projeto desde o início e sou testemunha ocular da dedicação desse professor na condução e organização desse projeto. E o mais interessante, é que as cartilhas foram construídas pelos próprios índios, desde a escolha dos desenhos, pinturas, capa e tradução literal. Os livros ensinam sobre História, Geografia, Matemática, Ciências, Narrativas e Cânticos e Receitas Medicinais. É gratificante ver a essência dessa ação, que busca contribuir de modo significativo para a revitalização da língua e da cultura desse povo, dentro de uma proposta diferenciada e inter-cultural, para atender as necessidades dos índios na garantia e manutenção da língua materna, que é um dos seus maiores patrimônio . Olha só, dentro do contexto da língua indígena, não há distinção de gêneros, por essa razão e outras, esse povo enfrenta dificuldades na questão lingüística, pois a maioria deles é bilíngüe. Uma coisa é certa, os índios precisam manter a sua língua, na sua forma oral e escrita, mas, também torna-se necessário o uso da nossa língua, como forma de integração.

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Filé ao molho de alcaparras